sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Estou há algum tempo pensando no que postar para o Reveillon. Algumas pessoas me perguntaram o que fazer e como fazer na virada para ter um ano vindouro feliz.
Quem me conhece sabe da espiritualidade forte, apesar do sincretismo religioso. Logo, não estranhem o que vou relatar.
Um dos melhores anos da minha vida nasceu depois de um Reveillon em que fiz o seguinte:
- Estava vestida de branco (como deve ser sempre e, principalmente, às sextas-feiras, para que o fim de semana comece bem!);
- Passei a virada na praia, com amigos (creio que melhor lugar não há!);
- Comprei rosas brancas, vermelhas e amarelas (embora minhas flores preferidas sejam as gérberas, as rosas são as flores mais significativas no imaginário coletivo, na cultura e nas oferendas de todas as crenças);
- Fomos brindar na beirinha do mar;
- Depois da virada, dos brindes, abraços e beijos: coloquei os pés na água, rezei silenciosamente agradecendo pelo ano que findava (que vale, no mínimo, pelo aprendizado) e, com fé em Cristo, Iemanjá, Nossa Senhora de Fátima, no meu anjo da guarda e em todos os meus entes queridos que já não estão mais nesse plano, beijei e joguei flores no mar, uma de cada cor, pedindo paz (porque sem ela não há saúde, amor, sorte e dinheiro que baste); paixão (porque nada é bem feito sem paixão) e dinheiro (que não compra a felicidade, mas ajuda e muito!);
- Por fim, peguei o batom que mais gostava (sabe aquele que quando não é encontrado dá um desespero?) e joguei no mar para Iemanjá, invocando proteção!
No ano seguinte, do amor que sentia germinou a flor do meu jardim: Maria Eduarda!
Sem dúvida 2007 foi um dos melhores anos da minha vida! Que se repita no próximo ano, com outras alegrias, claro! Não sei ainda se dou conta de outra Duda na minha vida... rsrsrs

Um Feliz 2011 a todos!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"E vendo-a mergulhar na espuma que a sacode,
Não sei que íntimo e vago anseio ali me acode
De cair como a folha e deixar-me levar..."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Elogio e Crítica

Um homem num encontro com uma mulher, depois de já se conhecerem virtualmente:
"Tu não és uma mulher fotogênica..."

Um homem depois de fazer sexo com uma mulher:
"Tu és muito preocupada com a qualidade..."

Eu gricantaria com Caetano: "alguma coisa está fora da ooooooordem"!!!

Soneto da Mulher ao Sol

"Uma mulher ao sol - eis todo o meu desejo
Vinda do sal do mar, nua, os braços em cruz
A flor dos lábios entreaberta para o beijo
A pele a fulgurar todo o pólen da luz.

Uma linda mulher com os seios em repouso
Nua e quente de sol - eis tudo o que eu preciso
O ventre terso, o pêlo umido, e um sorriso
À flor dos lábios entreabertos para o gozo.

Uma mulher ao sol sobre quem me debruce
Em quem beba e a quem morda, com quem me lamente
E que ao se submeter se enfureça e soluce

E tente me expelir, e ao me sentir ausente
Me busque novamente - e se deixe a dormir
Quando, pacificado, eu tiver de partir..."

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Desejo aos amigos
que por aqui compartilham desejos e carinhos,
em prosa e verso,
um Feliz Natal!

E que nessa data tão especial,
fraternidade e generosidade
sejam as palavras de ordem
no coração de cada um!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bem assim

"É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada.
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita de luz e pão e sombra,
eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro."

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tudo ou nada

"Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. "

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Quase nada

"O amor
é uma ave a tremer
nas mãos de uma criança.
Serve-se de palavras
por ignorar
que as manhãs mais limpas
não têm voz."

(autor português, dica da minha brilhante amiga Laetícia Jensen Eble)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Duo

"Em luta, meu ser se parte em dois. Um que foge, outro que aceita. O que aceita diz: não. Eu não quero pensar no que virá: quero pensar no que é. Agora. No que está sendo. Pensar no que ainda não veio é fugir, buscar apoio em coisas externas a mim, de cuja consistência não posso duvidar porque não a conheço. Pensar no que está sendo, ou antes, não, não pensar, mas enfrentar e penetrar no que está sendo é coragem. Pensar é ainda fuga: aprender subjetivamente a realidade de maneira a não assustar. Entrar nela significa viver."

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sexta

“Um dia de monja, um dia de puta, um dia de Joplin, um dia de Tereza de Calcutá, um dia de merda enquanto seguro aquele maldito emprego de oito horas diárias para poder pagar essa poltrona de couro autêntico onde neste exato momento vossa reverendíssima assenta sua preciosa bunda e essa exótica mesinha de centro em junco indiano que apóia vossos fatigados pés descalços ao fim de mais uma semana de batalhas inúteis, fantasias escapistas, maus orgasmos e crediários atrasados.”

Lamento

Faleceu ontem, em Buenos Aires, Luís Alberto Warat.
O homem,
em sua finitude,
é eternizado no legado de suas ideias.

"Os sentimentos sente-se em silêncio, nos corpos vazios de pensamentos. As pessoas, em geral, fogem do silêncio. Escondem-se no escândalo das palavras. Teatralizam os sentimentos, para não senti-los. O sentimento sentido é sempre aristocrático, precisa da elegância do silêncio. As coisas simples e vitais como o amor entende-se pelo silêncio que as expressam. A energia que está sendo dirigida ao ciúme, à raiva, à dor tem que se tornar silêncio. A pessoa, quando fica silenciosa, serena, atinge a paz interior, a não violência, a amorosidade. Estamos a caminho de tornarmo-nos liberdade. Essa é a meta da mediação.” (WARAT, Luís Alberto. O Ofício do Mediador. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004. p.26). 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"A vida é agora, aprende. Ainda outra vez tocarão teus seios, lamberão teus pêlos, provarão teus gostos. E outra mais, outra vez ainda. Até esqueceres faces, nomes, cheiros. Serão tantos. O pó se acumula todos os dias sobre as emoções"
Estive pensando... Sabes o que acho?!
Que a infinita coragem em enfrentar as emoções que vêm de fora (vôos, riscos e saltos sem rede), possui íntima ligação com a absoluta covardia em permitir extravasar, ou permitir que alguém se aproxime das emoções que estão muito bem guardadas aí dentro do teu peito.
"E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada."

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido."

Henrique IV

"Eu a amava como só amamos uma vez.
Amava sua pele tanto quanto suas entranhas."

(de Henrique IV)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A good question




If you're looking for a girl
that treat you right,
what are you waiting for?




Are u teasing me?!

Intimidades

Sempre achei que é preciso
dar chance para que ocorram
coisas muito mais íntimas
(talvez a palavra correta seja 'afinidades')
entre um casal antes do sexo:
A voz...
Confidências...
Pequenos carinhos e delicadezas...
Palavras doces no ouvido...
Beijo... (eis uma química fundamental!)
Dançar juntos...

Início de noite...

Ela: Oi, meu amor! Tudo bem no trabalho hoje?
Ele: Tudo... Tenho umas novidades pra te contar... mas antes preciso de um banho!
(beijo gostoso no meio da frase)
E no teu?!
Ela: Tudo bem, mas estava naqueles dias em que a concentração fugia de mim num piscar de olhos... rs...
(outro beijo...)
Está bem, toma um banho enquanto preparo alguma coisa para comermos. Abre um vinho que vou ligar o som!
(um tapinha na bunda bastante significativo)
Ele: Pegaste as taças?
Ela: Não. Estão no armário!
Ele: Deixa comigo!

(a noite que começa bem tende a terminar melhor ainda!)

O Natal vem chegando!

Gente, lá fora deve estar uns 5ºC!!!
Bem que eu disse que esse ano o Papai Noel viria mesmo de trenó
e não de lancha!
Mas isso não importa.
O que importa é que ele lance sobre nós seu pozinho mágico de
PAZ,
SAÚDE e
FELICIDADE
a fim de renovarmos as energias para o novo ano!
Ho! Ho! Ho!
Amém!

Aos meus queridos amigos!

"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos,
os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!"



"Aos caminhos,
eu entrego o
nosso encontro."

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010




"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

And the Oscar goes to

ME!!!
Amei, Lú! Não faltou nem o "red carpet"... rsrsrs
Beijos!
"Alguns pressentem a chuva;
outros contentam-se em molhar-se."


Vários blogueiros foram contagiados pela chuva, pelo mar, pela água, enfim... será o verão que se aproxima?!
"Enganam-se aqueles que pensam que erótico é o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que andam nele. A erótica não caminha segundo as direções da carne. Ela vive nos interstícios das palavras. Não existe amor que resista a um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo, do qual não sai melodia alguma."

Selinhos

Ganhei das queridas e mais novas amigas:  e Aline!
Obrigada, meninas! Vocês é que são uns amores!!!
Beijos!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Only girl in the world



Want you to take me like a thief in the night
Hold me like a pillow, make me feel right
Baby I'll tell you all my secrets that I'm keepin',
you can come inside
And when you enter, you ain't leavin',
be my prisoner for the night.

Solidão

"Não me aproximo porque, veja bem, sabe lá quem habita a tua solidão. Hesito. Recuo. Me afasto tristíssima. E te imagino em poses e sorrisos, voz grave e cabelos desgrenhados, preso nas minhas fantasias mais loucas e movimentadas. Numa delas sou um bichinho invisível, com asas, que adentra tua casa e te observa em segredo. Faço o contorno do teu corpo todo com os olhos, parada contra a parede do teu quarto, imóvel, enquanto tu te atiras na cama. Cansado. Tu olhas para o teto imaginando mil coisas, memórias, compromissos, desejos, saudades. Te fito com dor. A luz do abajur faz sombra na tua pilha de livros, que folheei um dia e quis pedir emprestado mesmo sabendo que não havia intimidade para pedidos. Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. Procuro sinais de algum amor teu. Vestígios de noites passadas. Tu não me vês, estou incógnita a te observar. Como sempre estive, olhando pelas janelas, de longe, coração apertado. Nós poderíamos ser amigos e trocar confidências. Assistiríamos a filmes, taça de vinho nas mãos, e tu me detalharias as tuas paixões e desatinos. Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel em Paris. Caminharíamos pela beira do Sena, e eu te olharia atenta, numa tentativa indisfarçável de gravar o momento e guardá-lo comigo até o fim dos meus dias. Ou poderíamos ser apenas o que somos, duas pessoas com uma ligação estranha, sutilezas e asperezas subentendidas, possibilidades de surpresas boas. Ou não. Difícil saber. Bato minhas asas em retirada. Tu dormes, e nos teus sonhos mais secretos, não posso entrar. Embora queira. À distância, permaneço te contemplando. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. Porque tu és o único que habita a minha solidão."


Futei lá da Fer, porque... bem, porque  tem tudo a ver!

Chuva!

"É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão sentar-se,
fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco,
que em conformidade viver."
"Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"

sábado, 11 de dezembro de 2010

Nem tudo que venta voa
Como meu pensamento, às vezes, parado em ti
Nem todo o tempo passa
Como os pequenos instantes de felicidade
Nem tudo o que é água corre
Como a lágrima que, tímida, do olhar não transborda
Nem todo fogo vira fumaça
Como o que arde no peito da paixão
Então, não faça do medo uma constante ameaça:
Arrisque, busque, brinque, abrace, beije,
Mude, aproveite, sorria, chame os amigos...
Compartilhe!
Divirta-se!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Saudades!

"Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, para mais doidamente me lembrar, mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar, mais a saudade andasse presa a mim!"

Equação

"Por que sinto falta de você?
Por que essa saudade?
Eu não te vejo, mas imagino tuas expressões, tua voz, teu cheiro.
Tua amizade me faz sonhar com um carinho, um caminhar,
a luz da lua, a beira mar.
Saudade, esse sentimento de vazio que me tira o sono,
me fazendo sentir num triste abandono,
 é amizade eu sei, será amor, talvez...
Só não quero perder tua amizade, essa amizade...
Que me fortalece, me enobrece por ter você."


(Nos meus registros consta como sendo do Machado de Assis, embora não me pareça mto 'machadiano'. Logo, se alguém souber a autoria, favor avisar!)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Doçura





"Não podia me dar ao luxo de pedir, lembrei-me de todas as vezes em que, por ter tido a doçura de pedir, não me deram."








Pequeno furto do blog de outra , claro!

Reveillon 2010/2011

Não, não é Ibiza.
Ainda estamos em Floripa.
Isso mesmo... aquela em que a galera se reunia, fazia "a" festa na beirinha d'água, tudo bem planejado pelo mais animado da turma, com mta bebida, comida, mas sem grandes gastos. Divertido, rodeado de amigos, cheio de simpatias!
Bons tempos aqueles!
Ocorre que decidindo agora onde passar a virada, fiquei 'pretérita' com a profissionalização do Reveillon na ilha!
Nas praias, à beira mar mesmo, é carésimo!!!
Mas, pra quem ainda não se tocou de que é preciso fazer reserva, pagar e resolver, antes que tudo esteja lotado e tenha que passar a virada na fila ou dentro de casa olhando para o teto, seguem alguns sites com boas dicas:
http://www.blueticket.com.br/?secao=Eventos&tipo=9
http://www.guiafloripa.com.br/fimdeano2010/restaurante.php3
http://www.guiafloripa.com.br/fimdeano2010/festa.php3

E, se querem minha opinião: corram!!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Presença

"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te."

Iansã

"Não é muito difícil nos deparar com a força da Natureza denominada Iansã (ou Oyá). Convivemos com ela diariamente. Iansã é o vento, a brisa que alivia o calor. Iansã é também o calor, a quentura, o abafamento. É o tremular dos panos, das árvores, dos cabelos. É a lava vulcânica destruidora. Ela é o fogo, o incêndio, a devastação pelas chamas.
Oyá é o raio, a beleza deste fenômeno natural. É o seu poder. É a eletricidade. Iansã está presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela. Ela é o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões, máquinas e outros aparelhos. Iansã é a energia viva, pulsante, vibrante.
Sentimos Iansã nos ventos fortes, nos deslocamentos dos objetos sem vida. Orixá da provocação e do ciúme.
Iansã também é a paixão. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax, o orgasmo do homem e da mulher. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase “estou apaixonado” tem a presença e a regência de Iansã, que é o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúmes doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão, propriamente dita.
Iansã é a disputa pelo ser amado. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado, no campo amoroso. É até mesmo a vontade de trair, de amar livremente. Iansã rege o amor forte, violento.
Oyá é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos eguns, como se diz no Candomblé. É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma.
Iansã é a deusa dos cemitérios. Ela é a regente, juntamente com Omulu (ou Obaluaê), dos Campos Santos, pois comanda a falange dos eguns. Comanda também a falange dos Boiadeiros, encantados que são cultuados nas casas de Nação de Angola. Ela é sua rainha.
Como deus dos mortos, Iansã carrega consigo o eruxin, feito com rabo de cavalo, para impor respeito aos eguns, bem como a espada flamejante, que faz dela a guerreira do fogo.
É, sem dúvida, o Orixá mais popular e a mais querida no Candomblé."

Orixás

No meio da tarde lembrei que hoje é dia de Oxum.

Oxum corresponde, na Igreja Católica, à Nossa Senhora Aparecida e à Nossa Senhora da Conceição.
O sincretismo religioso é uma coisa que muito me agrada e por isso já andei por tudo.
No Candomblé, assim como em outras religiões (digamos assim), existem várias correntes, no caso específico depende de que país veio a comunidade africana correspondente... por essa razão são dados nomes diferentes aos Orixás (que representam, cada um, uma força da natureza) e a forma de descobrir qual o Orixá que te protege também pode variar.
Em geral, há um Orixá de cabeça (que é o que te guia), um do lado esquerdo e outro do lado direito, dos quais um guia o corpo espiritual e outro o corpo físico, respectivamente.
Pode-se também entendê-los como o guia principal, que te acompanha pelas várias encarnações (seria a essência da alma), o da cabeça que é o que te guia nessa vida e os outros dois.
Enfim... numa dessas minhas explorações, descobri ser filha de Iansã. É o Orixá que me guia nessa vida.
Iemanjá (que é a mãe de todos e Rainha do Mar, senhora dos oceanos) está ao meu lado esquerdo, Ogum ao direito (o guerreiro).
Outra vez me disseram ser filha de Iansã, Iemanjá é minha mãe (meu guia principal) e dos dois lados tenho Ogum e Oxóssi.
Bem, mas o que importa é que hoje descobri que o ano de 2011 será regido por Iansã.
No que isso te interessa? Talvez não interesse. Quem acredita em forças superiores, pode dar a ela o nome de Maomé, Buda, Deus, Orixá, Alá, anjo, santo, o que quiser... no fundo, só acho é que temos que cultivar uma certa espiritualidade.
Então, para o Candomblé, o ano que vem será assim:
"Com Iansã na regência, teremos um ano bastante agitado em todos os sentidos.
Preparem-se para viver fortes emoções no Amor!
Esse Orixá é muito dinâmico, ousado e impetuoso, trazendo expansão e um certo crescimento para aqueles que estiverem alinhados com ela.
Orixá do fogo, Iansã traz muita sensualidade a seus filhos e magnetismo na hora de conquistar um amor.
Para atrair a energia de Iansã use as cores alaranjado, coral e rosa em roupas e peças intimas. Acessórios de cobre e coral também agradam o Orixá. Para pessoas que querem viver intensamente no amor deverão usar vermelho na virada do ano ou o branco para a reconciliação afetiva."

Fê, te liga na primeira dica de simpatia para o fim do ano!!!

Saudade

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

Confissão

"[...]
no entanto,
eu quero que ela
saiba
que dormir
todas as noites
a seu lado

e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas

e as palavras
difíceis
que sempre
tive medo
de dizer
podem agora
ser ditas:

eu
te amo."

(afinal, Buk não era tão durão assim!)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ponto de vista

"Eu não tenho vergonha
de dizer palavrões,
de sentir secreções
(vaginais ou anais).

As mentiras usuais
que nos fodem sutilmente
essas sim são imorais,
essas sim são indecentes."

Cariño

"Hoy he vuelto, solo,
y que distinta la ciudad sin ti,
anduve en los lugares,
que de tu mano caminando conocí,
y me quedé tan solo
con los recuerdos
de aquel tiempo tan feliz.

Aún están, escritas,
las iniciales en el árbol del amor,
aquellas que escribimos,
enamorados una tarde, tú y yo,
jugamos en la plaza,
como dos niños que querían sólo amor.

Y no es lo mismo Córdoba sin ti,
veo en sus calles la tristeza que hay en mí,
y no encontrarte me parece una traición,
a mi ternura y a mi pobre corazón.

Y no es lo mismo Córdoba sin ti,
siento el invierno penetrándome en la piel,
y tu figura se dibuja en el portal,
donde una tarde prometimos no olvidar.
Y tú no estás, no volverás…

Y no es lo mismo Córdoba sin ti."

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes…
tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos."
"Quando procuro o que há de fundamental em mim,
é o gosto da felicidade que eu encontro."
"Eros, dado que é carente e deseja, não é um deus, mas um 'daimon' (ou gênio), ou seja, um ser intermediário entre os homens e os deuses. Em segundo lugar, ele não é filho de Afrodite, mas de Poros (o Expedito, aquele que é dotado de recursos) e de Penia (a Pobreza, a Penúria, a Carência). Esta última, por ocasião de uma festa em que os deuses celebravam o nascimento de Afrodite, veio mendigar um pouco de comida à porta. Descobrindo Poros, embriagado, num jardim, aproveita o sono deste para se unir sexualmente a ele. Assim nasceu Eros, que herdou os traços de caráter de seus dois genitores. Indigente e sempre carente à semelhança de sua mãe, está cheio de ardor e de recursos como seu pai. Astucioso, habilidoso na caça, passa também a vida a filosofar."
(em O Desejo, p. 26)
Apenas permita que eu fique perto
e acompanhe a escolha de cada nota 
da tua canção inacabada.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sempre gostei da tua essência ingênua, sensata, responsável, inconformada, ponderada e infantil.
Da encantadora fragilidade que desaparecia
quando o meu corpo tocava o teu no abraço do encontro.
Contigo tive vontade de dançar no meio da rua, beijar debaixo da chuva, e,
sem perceber o tempo passar,
fazer carinho na tua pele nua, conversar até o Sol raiar.
Confesso: hesitei.
Pensei muitas vezes em voltar e dizer que não era nada daquilo,
pois que havíamos errado o fim...
sem pensar em nada, simplesmente me deixar ficar.
Mas no final, do que nos foi impossível, não restou sequer o imprevisível.
E de tão completo tudo aquilo que não foi,
em mim ficou pra sempre gravado o teu último sorriso, resignado.

ONE



"You say one love, one life
It's one need in the night
One love, we get to share it
Leaves you, darling, if you don't care for it."

Difícil vai ser esperar o show só em abril!!!
"Reprimido não é o que não confessa seu passado,
é o que não consegue expor suas fantasias."

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sobre livros e leituras

"Seria bom comprar livros se pudéssemos comprar também o tempo para lê-los, mas, em geral, se confunde a compra de livros com a apropriação de seu conteúdo. Esperar que alguém tenha retido tudo que já leu é como esperar que carregue consigo tudo o que já comeu. Ele viveu de um fisicamente, do outro espiritualmente e assim se tornou o que é. Contudo, assim como o corpo assimila o que lhe é homogêneo, cada um de nós retém o que lhe interessa, ou seja, aquilo que convém a seu sistema de pensamentos ou a seus objetivos...
Não há maior deleite para o espírito que a leitura dos antigos clássicos: tão logo tomamos um deles, nem que seja por meia hora, nos sentimos refrescados, aliviados, purificados, elevados e fortalecidos; exatamente como se tivéssemos bebido de uma fresca fonte...
Todo livro minimamente importante deveria ser lido de imediato duas vezes, em parte porque na segunda compreendemos melhor as coisas em seu conjunto e só entendemos bem o começo quando conhecemos o fim: em parte porque, na segunda vez abordamos cada passagem com um ânimo e estado de espírito diferentes do que tínhamos na primeira, o que resulta em uma impressão diferente e é como se olhássemos um objeto sob uma outra luz.
Acrescente-se a tudo isso que os pensamentos postos no papel nada mais são que pegadas de um caminhante na areia: vemos o caminho que percorreu, mas, para sabermos o que ele viu nesse caminho, precisamos usar nossos próprios olhos."
(em Sobre Livros e Leituras)

O amor começa numa metáfora

"Saí de casa refletindo a cena e logo me veio uma passagem de 'A Insustentável Leveza do Ser' do Milan Kundera, cuja frase 'o amor começa numa metáfora' já me inspirou uns 387 textos. Tomas, o protagonista desprendido de comprometimento amoroso, se prende à Teresa através da compaixão. Ela dorme doente em seu apartamento. Ele a contempla e passa a amá-la a partir do inócuo episódio.
No livro, o amor é um fruto do acaso, uma maçã mordida quando não se buscava a macieira, o que não garante o caminho de flores. Tomas vive os conflitos da idealização com a realidade. Mas a beleza explode nas delícias pequenas de Teresa deitada em sua cama. Tomas tem o olhar minimalista sobre ela. Minimalista - é o simples, o básico, a busca do máximo pelo mínimo. É quando o sentimento existe a partir de um detalhe, é a metáfora que principia o amor, quando a felicidade vaza os poros.
Apertei o interfone e dei início à minha metáfora. Ela libera o acesso e vou ao encontro dela, provavelmente no meio do corredor. Isso realmente aconteceu, mas você percebe como posso dar ares hollywoodianos? É a metáfora. É o detalhe. É onde reside o amor. Ela me encontra, me abraça e me beija. Eu gosto dela. Gosto do movimento de seus calcanhares subindo a escada, de como seus cabelos presos embalam na subida e roçam sua nuca, de como ela vira pra mim a cada sete degraus e me olha envergonhada de saudade, da sua voz opaca do resfriado se avisando quase pronta.
Eu tenho o olhar minimalista sobre ela. Não importa em que pé caminha nossa relação, onde moram nossos monstros, medos, aflições, o ciúme, o desentendimento, a promessa, a frustração. Não importa se o amor é real ou idealizado. Valem os detalhes do gostar. Enquanto houver o olhar minimalista sobre a mulher, a relação não está perdida, ela não abandonará o recinto num rompante de solidão feminina sem destino, como fez a mocinha do filme.
Eu espero que você entenda de metáforas ao ler o resto desse texto.
Seu carro pode levá-la a qualquer lugar, em alta velocidade, com conforto, potência e segurança, sem limite de tempo ou espaço, com ar condicionado no quente, executando as mais belas canções de amor, no volume máximo. Mas, por favor, antes do semáforo abrir, a beije no canto dos lábios, cole seus rostos no mesmo desenho, perceba de perto os rabiscos de sua íris castanha, sinta o cheiro que há ali onde findam as bochechas e começa o nariz, provoque uma risadinha meiga.
Não importa em qual marcha esteja seu relacionamento, não tome conta apenas da direção, não olhe apenas o caminho, o horizonte, não deixe as duas mãos sobre o volante. Repouse uma sobre a coxa lisa mais próxima. Por mais que você proporcione, não se engane, não é o bastante. Atente pra cada minúcia de sua mulher, lance seu olhar sobre o feminino. Todo amor é inútil, recluso e invisível quando não transcende nos detalhes."