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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Este mundo é dos namorados

"Não há como a paixão do amor
para fazer original o que é comum,
e novo o que morre de velho.

Cada qual sabe amar a seu modo;
o modo pouco importa;
o essencial é que saiba amar.

Este mundo é dos namorados."

(em Machado para Jovens Leitores, p. 14)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"A distância é como os ventos:
apaga as velas e acende as grandes fogueiras."

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Aos meus queridos amigos!

"Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos,
os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!"

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Equação

"Por que sinto falta de você?
Por que essa saudade?
Eu não te vejo, mas imagino tuas expressões, tua voz, teu cheiro.
Tua amizade me faz sonhar com um carinho, um caminhar,
a luz da lua, a beira mar.
Saudade, esse sentimento de vazio que me tira o sono,
me fazendo sentir num triste abandono,
 é amizade eu sei, será amor, talvez...
Só não quero perder tua amizade, essa amizade...
Que me fortalece, me enobrece por ter você."


(Nos meus registros consta como sendo do Machado de Assis, embora não me pareça mto 'machadiano'. Logo, se alguém souber a autoria, favor avisar!)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Quando ela fala...

"Quando ela fala, parece
Que a voz da brisa se cala;
Talvez um anjo emudece
Quando ela fala.

Meu coração dolorido
As suas mágoas exala,
E volta ao gozo perdido
Quando ela fala.

Pudesse eu eternamente,
Ao lado dela, escutá-la,
Ouvir sua alma inocente
Quando ela fala.

Minha alma, já semimorta,
Conseguira ao céu alçá-la
Porque o céu abre uma porta
Quando ela fala."
(Machado de Assis em 'Falenas')

domingo, 26 de setembro de 2010

Os dois horizontes

"Dois horizontes fecham nossa vida:
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro,—
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.

Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais;
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.

Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.

No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.

Que cismas, homem? – Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? – Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.
Dois horizontes fecham nossa vida."