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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Moralismo

Ele: Adoro a expressão "fui pra cama"... Perde todo o tom moralista que carrega quando dito por uma mulher que fala de si, como tu...
Ela: Perde?!...
Ele: Linda é a paz da mulher que caminha nua, e sem se saber vista, pela casa...
Ela: Galanteador e sensível é o homem que sabe o momento certo da intimidade a dois para, parafraseando Drummond, encantar a mulher que está ao seu lado...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Apenas metade


Ele: Eu seria, sei lá, hipócrita, se dissesse que não vejo importância na consideração dos valores dessa 'sociedade', que não vejo até beleza nessa mediocridade (que te sufoca, vejo). O que haveria de transgressão não fossem os limites? Não me arrependo de, em nome desses valores, desses bons modos, não ter outrora te beijado a boca... Foi tão bom esperar! É como a música de protesto do Chico Buarque. Que seria dele não fosse a repressão? Metade do que é...

Ela: É que a minha sensação de inadequação reside justamente nisso. Respeito porque assim o exige o convívio social; me submeto até, mas nunca pacificamente. Se concordasse, mansa, aí sim, seria, talvez, metade... Gostarias de apenas metade de mim?! Eu seria mais feliz? Te faria feliz?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Fantasia

 
Ele: Sabes, é engraçado, contigo não sinto nenhuma necessidade de me camuflar nos teus gostos, desejos, linguagem, nada... Me sinto eu mesmo... Admiro tua linguagem sutil, sugestiva, que insinua, mas jamais é bruta, chula, como a minha... mas não sinto a menor vontade de te imitar...
Ela: Mas nem espero mesmo que imites... Gosto justamente de como despertas em mim sentimentos variados: de ser tua puta, teu amor, ficar brava, te agradar, me sentir envergonhada, invadida, investigada...
Ele: Eu sei que não queres, mas quando o macho conquista, às vezes, é obrigado (ou se obriga) a se camuflar, para não perder o objetivo final: levar à cama. Contigo é diferente... sinto como se para te conquistar eu não precisasse mais que meu encantamento.

Multiplicidade

Ela: Vivo em constante eclipse, talvez daí a melancolia...
Ele: Não se preocupe... nunca é total... tuas partes nunca escondem completamente umas às outras.