terça-feira, 30 de novembro de 2010

Thai

Se havia um restaurante que despertava todos os sentidos (diferente, com um climinha gostoso tanto para conversar quanto para namorar, comida saborosa, música agradável) em Floripa, era o THAI.
Diz o pessoal do Destemperados que, apesar da mudança de local, a casa continua um charme!
Até o final de janeiro, prometo dizer se é vero ou não.
Se alguém passar por lá antes, diga o que achou!


"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Divisão de tarefas

"Se a mulher armou o barraco,
pode ter certeza que
foi o homem quem trouxe a favela!"

(hoje eu to engraçadinha, mas o Carpinejar mata a pau, né?! rsrsrs)

Chuva!

"E ela vem chegando de branco
Meiga, pura, linda e muito tímida
Com a chuva molhando
Seu corpo lindo que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua
Do mundo, no meio da chuva
A girar, que maravilha
A girar

Chove chuva, chove sem parar
Chove chuva, chove sem parar

Pois eu vou fazer uma prece
Pra Deus, Nosso Senhor
Pra chuva parar de molhar
O meu divino amor

Que é muito lindo
É mais que o infinito
É puro e é belo
Inocente como a flor"

(Jorge Ben Jor)

domingo, 28 de novembro de 2010

Cartas de amor

"as cartas de amor deveriam ser fechadas com a língua. beijadas antes de ser enviadas. sopradas. respiradas. o esforço do pulmão capturado pelo envelope, a letra tremendo como uma pálpebra. não a cola isenta, neutra, mas a espuma, a gentileza, a gripe, o contágio. porque a saliva acalma um machucado. as cartas de amor deveriam ser abertas com os dentes"
(em Livro de Visitas)

Sobre o casamento

"Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: 'Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar."

Por favor

"Quero te conhecer menos, mexer menos em teus objetos, em tuas gavetas, em tuas roupas.
Que seja dispensado das cartas, do que levas na bolsa, de teus filmes prediletos, de teus diários, de teus pentes, de tuas jóias em estojo de diploma, de teu escapulário da primeira comunhão, de teus blusões em fila dupla, de teus varais com as roupas ao avesso, de tuas superstições de consultar as portas de noite, de tua fobia em atender telefone, de tua ânsia em me contar as novidades, de tua loucura em me aguentar, de tua sabedoria em me acalmar, de tua facilidade em se dividir com as amigas, de tua coleção de brincos quebrados, dos álbuns de fotografias em ordem cronológica, dos clipes emendados uns nos outros no computador, dos bilhetes amarelos na geladeira, de tua compulsão em comprar presentes, de tua mania de consultar o horóscopo, dos teus quindins, de tua mania em dormir enroscada, de salgar a comida um pouco mais do que se deveria.
Não me mande mais nada. Não me dê lembranças, músicas, poemas, sapatos, isqueiros, não quero juntar esmolas de tuas coisas, não quero fazer um santuário de tuas coisas, não quero encaixotar tuas coisas, não quero peregrinar as mãos em tuas coisas como se fosse tua mão esperando na mesa.
Minha mão ossuda depende de tua pele para respirar folgas.
Tiras proveito da consciência que vou formando de ti enquanto me desinformo do mundo.
Não desejo descobrir o que tocaste senão amarei muito mais do que se tivesse tocado.
Não me fales "gosto daquilo" que já estarei gostando junto. Evite comentários.
Não me digas "vamos naquele restaurante" que será mais um lugar para te esperar.
Não inventes deitar na grama no domingo que o sol grudará nos dentes.
Não narres aos ouvidos da cama o que podemos sentir.
Não ponhas trilha no celular, não troques as almofadas, não escolhas as toalhas e os lençóis, controla essa mania de se espalhar por tudo, de botar teu cheiro por dentro de minha boca.
Não abras mais o leite sem romper o lacre, não deixes a gaveta entreaberta, a torneira entreaberta, meu corpo entreaberto.
Não reclames do que não fiz, que farei de novo para chamar tua atenção.
Não arrumes minha gravata, que me acostumarei a pedir conselhos.
Não arrumes minha gola que o vento é mesmo enviesado.
Quero te conhecer menos para não sofrer depois tanto tua perda.
Mas deveria ter dito isso antes."

(em O Amor Esquece de Começar, p. 138-139)

Quando me apaixono II

Ela: Sinto sua falta. Sente a minha falta?
Ele: O que você quer?
Ela: Quero olhar pra você, por muito, muito tempo.
Ele: O que mais?
Ela: Quero dizer que sei o que fiz pra você. A pior coisa que você poderia esperar. Eu sabia. Mesmo naquele momento.
Ele: Que mais?
Ela: E farei de novo. Vou ferir você repetidamente. Não daquele jeito. Você teria de me abandonar se eu o ferisse daquele jeito. Vou ferir você de outros modos. Sem querer. E, às vezes, por querer.
Ele: Está me fazendo uma proposta e tanto.
Ela: Você também vai me ferir, sabe? Vai me ferir e me trocar. Tavez, até me deixe depois de prometer o contrário.
Ele: Jamais.
Ela: Mas isso é possível.
Ele: Jamais.
Ela: Mas... pode acontecer.
Ele: É, pode.
Ela: E então?
Ele: Puxa!
Ela: Eu sei. Sinto muito. E então?


(de Quando me Apaixono)

Quando me Apaixono

"Ela: Desculpe, eu nunca conheci alguém como você. Nunca fui tão eu mesma. Essas poucas vezes juntos pareceram...
Ele: O quê?
Ela: Família. Sinto muito, mas é verdade. E sinto que quero ficar perto de você o tempo inteiro. Mas preciso tomar umas decisões e, se for ficar comigo, você também.
Ele: Por que está falando tão rápido?
Ela: Seu filho não pode me ver aqui.
Ele: Se vamos ser uma família, ele terá que saber que não sonhou que você estava seminua na casa dele. Quer ficar com o cara do "na alegria ou na tristeza"? Se quiser, juro...
Ela: Não eu não quero.
Ele: Mas se você quiser...
Ela: Mas não quero. Sinceramente? Quero ficar com você. Só que para você, vai significar ficar com isso também (passando a mão na barriga).
Ele: De quanto está grávida?
Ela: Seis semanas.
Ele: Nos conhecemos há exatas seis semanas. No dia em que ele te deixou. Fizeram amor no dia em que nos conhecemos?
Ela: Uh, sim... Desculpe... O que houve?
Ele: Preciso caminhar...
Ela: Sério?
Ele: Sério. Estou a ponto de pedir que fique comigo. Pra valer. Você, carrega o filho de outro cara, do seu marido, na barriga. Nessa linda barriga. Preciso caminhar..."

(do filme: Quando me Apaixono)

sábado, 27 de novembro de 2010

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você."

Bailarina

"Essa menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os ohos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças."

(quando pequena, ganhei da minha avó uma linda caixinha de música, que também servia como porta-jóias, em que uma bailarina, quase nessa posição, rodopiava para lá e para cá ao som de uma valsa vienense... hoje em dia não se encontra mais quase nada com tamanha delicadeza...)

Selinhos

Ganhei da Cris, que, além de ser um amor também,
ainda tem paciência para esperar que eu faça o que tem que ser feito! rs


Obrigada, querida! Tu és um doce!
"meu olhar e minha paixão pelas coisas de fora me fascinam
e quase me levam apesar da beleza quase que irresistível
apesar da doçura e do deslumbramento
apesar da vontade de querer e estar longe
a vida é uma cilada sem chances de fuga
eu quase me esqueço, mas quando me toco
quando a ventania começa a soprar mais forte
me vejo, me tenho e me lembro:
o amor é uma porta para dentro."

Fim

Desde que tudo aconteceu, muitas coisas foram ditas:
da necessária distância
à paciência;
de que se poupasse o sofrimento
se atentasse às necessidades;
...e que os retratos fossem retirados...
Todos tinham sua parcela de razão.
Agora que tudo acabou,
não há mais razão para ficar.
É ir embora.
Hora de recomeçar.

Depois

“Depois de tudo te amarei
como se fosse sempre antes
como se de tanto esperar
sem que te visse nem chegasses
estivesses eternamente
respirando perto de mim.
... Perto de ti é perto de mim
e longe de tudo é tua ausência."

Calmaria

"Mais tarde nadamos na piscina e nos deitamos ao sol. Adrian estendeu-se na grama, fechava os olhos por causa da luz forte. Deitei-me com a cabeça no peito dele, sentindo o odor cálido de sua pele. De repente uma nuvem passou na frente do sol e a chuva começou a cair, de leve. Nem nos mexemos. A nuvem de chuva passou, deixando-nos salpicados e borrifados de gotas grandes. Dava para senti-las se evaporarem, quando o sol reapareceu, aquecendo-nos novamente."
(em Medo de Voar, p. 269).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Emotion

"Its over and done, but the heartache lives on inside
And who is the one you're clinging to, instead of me tonight

And where are you now?
Now that I need you
Tears on my pillow
Wherever you go
I'll cry me a river
That leads to your ocean
You'll never see me fall apart
In the words of a broken heart

It's just emotion that's taken me over
Tied up in sorrow, lost in my soul
But if you don't come back, come home to me darling
You know that there'll be nobody left in this world to hold me tight
Nobody left in this world to kiss goodnight

Goodnight
Goodnight"

Brincadeira

Brinca comigo à procura
de uma estrela brilhando no céu
Brinca, enfeita a noite escura
que se cobre com um véu.

Começa devagarinho,
e por favor não tenhas medo,
porque o meu coração fez ninho
dentro do teu em segredo.

Acorda os anjos que dormem
com a ternura do teu sorriso.
Faz com que não se conformem
e fujam do paraíso.

Deixa-os entrar de mansinho
no teu quarto antes da aurora
para despertar o carinho
que habitava o teu peito outrora.

As tuas mãos nas minhas
fizeram da segurança vontade
já que a caminhada sozinha
não queria mais liberdade.

Então brinca comigo às escuras,
ensina-me o que não sei.
Atenta às lições mais puras,
é certo que aprenderei.

Despedidas

"... e dei início a um novo processo de despedida. Não mais o adeus a você, que já havia partido, mas o adeus à pessoa que eu vinha sendo. Aquele eu amargurado é que estava saindo da minha vida.
Foi quando fiquei realmente só.
Era uma solidão nova. A última vez em que estivera totalmente sozinha havia sido antes de começar a namorar meu ex-marido, eu tinha uns 20 e poucos anos de idade. Com mais que o dobro disso, o que fazer com uma vida só pra mim?
Primeiro pensamento: eu não tinha mais a vida so pra mim. Tinha filhos que precisavam de orientação para descobrir seus caminhos, tinha meus pais envelhecendo, tinha meus amigos com seus próprios problemas a dividir.
E então um segundo pensamento atropelou o primeiro: em qualquer circunstância, com filhos, pais, amigos, trabalho, e mesmo estupidamente apaixonada por quem quer que fosse, eu teria sempre a vida só pra mim.
Era para o que eu torcia então: encontrar alguém que me despertasse emoções intensas novamente, mas que, em contrapartida, não me obrigasse a um exílio, não me despatriasse de mim mesma. Aconteceria. [...]
Antes disso, eu precisava entender como é que se diz para um homem 'eu te amo' com tanta transparência, com tanta integridade, e depois se transfere essa frase para outro destinatário, com a justificativa de que isso é apenas o curso natural dos acontecimentos."
(em Fora de Mim, p. 88-89)
"Alguém dentro de mim
mente para me proteger.
Não sei quem tem razão
sobre meus desastres.
Se permaneci em excesso
e não varei a outra margem.
Se me deixei fora por muito tempo
e esqueci o endereço."
(em Livro de Visitas, p. 94)
"Eu quero pouco e quero mais.
Quero você.
Quero eu.
Quero domingos de manhã.
Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro.
Quero seu beijo.
Quero seu cheiro.
Quero aquele olhar que não cansa,
o desejo que escorre pela boca
e o minuto no segundo seguinte:
nada é muito quando é demais."

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Quando uma mulher que tem muito a dizer, se cala,
o silêncio pode ser ensurdecedor."

(de Anna e o Rei)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tua

Por que me submeto a ti?
Aos teus desejos?
Aos teus horários?
Aos teus caprichos?
Sei que não podia.
Sei que não devia.
Queres me fazer refém.
Então está bem.
Me rendo.
Me tens.

Vem!

Sai daí.
Vem pra casa.
Não consigo dormir.
To te esperando.
As horas não passam.
Tu não vens.
Preciso de ti.
Ficar sozinha não é o meu forte.
Tu sabes.
O jantar esfriou.
O vinho acabou.
Só a música não para.
E me remete a ti.
Vem.
To te esperando.

Constatações

Acho que estou ficando seca por dentro. Insensível mesmo.
Hoje, depois de uma atitude idiota, com uma pessoa que também está passando por algumas dessas dificuldades, me caíram algumas fichas.
Ultimamente tenho percebido que as experiências que tive, os amores que vivi, o momento da vida que estou passando, refletiram no meu modo de lidar com o outro, de me relacionar, me comunicar, me mostrar.
Passei a racionalizar demais minhas relações.
Não consigo mais me abrir com facilidade.
A entrega não é total, dependendo de múltiplas variáveis.
O afeto está sempre disfarçado de outro nome.
Há uma preocupação constante em deixar as regras claras.
Estou continuamente reprimindo falas ou estabelecendo limites.
Cuidando para não dar margem à dupla interpretação.
Outro dia me perguntaram sobre cuidado.
Fazendo isso estou cuidando?
De mim? Será?
Do outro? Por quê?
Percebo agora que estou me reprimindo.
Reprimindo o outro.
Não permitindo.
Já fui mais livre e mais feliz. Dizia o que pensava e fazia o que queria, mesmo com as limitações que existem e não podemos negar. Era mais autêntica e não regulava tudo nem tanto (como faço hoje) e, graças a esse meu jeito libertário, entregas, falta de limites, duplas interpretações, renderam histórias encantadoras e momentos maravilhosos!
Então o que está havendo?
Estou me poupando?
Não há como se poupar do que nunca aconteceu. É preciso cogitar a hipótese de que coisas boas e pessoas encantadoras podem aparecer sim.
A minha fé está abalada?
É provável. Há momentos em que nos sentimos mais calejados e recuar é uma tática quase instintiva. Ocorre que não dá para fazer desse tipo de atitude uma constante.
Sinto medo?
Talvez. Percebo que essa redoma (e a distância) que criei, e em que me mantenho, faz com que me sinta confortavelmente protegida.
Mas isso tudo está se tornando tão cruel!
Virei prisioneira de mim mesma...
Pois é óbvio que as relações têm limitações de tempo, de espaço, de modo, mas a sensação que tenho é que quando vejo que algo está prestes a sair do meu controle, fico contida, me afasto, fujo. Impeço que me invada e transborde, para que eu não tenha que lidar com as frustrações do que eventualmente possa não dar certo.
Não compreendo porque, mesmo sabendo quão arrebatador pode ser um encontro entre duas pessoas, tenho me protegido tanto!
To cansada de estar no controle.
To cansada de me esconder.
To cansada de resistir.
To cansada...

(Me perdoas?!)

Soneto do amor demais

"Não, já não amo mais os passarinhos
A quem, triste, contei tanto segredo
Nem amo as flores despertadas cedo
Pelo vento orvalhado dos caminhos.

Não amo mais as sombras do arvoredo
Em seu suave entardecer de ninhos
Nem amo receber outros carinhos
E até de amar a vida tenho medo.

Tenho medo de amar o que de cada
Coisa que der resulte empobrecida
A paixão do que se der à coisa amada

E que não sofra por desmerecida
Aquela que me deu tudo na vida
E que de mim só quer amor - mais nada."

Lembranças

Cheiros, lugares e músicas me remetem a pessoas específicas.
Amigos, parentes, amores.
Acordei hoje com essa...
Ótimas lembranças!
"Eu levo essa canção
De amor dançante
Prá você lembrar de mim
Seu coração lembrar de mim...

Na confusão do dia-a-dia
No sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa...

É só tocar essa balada
De swing inabalável
Que é o oásis pr'o amor
Eu vou dizendo
Na seqüência bem clichê:
Eu preciso de você...
[...]É força antiga do espírito
Virando convivência
De amizade apaixonada
Sonho, sexo, paixão
Vontade gêmea de ficar
E não pensar em nada...

Planejando
Prá fazer acontecer
Ou simplesmente
Refinando essa amizade
Eu vou dizendo
Na sequência bem clichê:
Eu preciso de você...
[...]Mesmo que a gente se separe
Por uns tempos ou quando
Você quiser lembrar de mim
Toque a balada
Seja antes ou depois
Eterna Love Song de nós dois..."
(Balada do Amor Inabalável - Skank)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Intra muros

Faz do meu corpo teu abrigo.
Me ensina.
Te cuido.
Deita no meu colo.
Aninha.
Te quero todo.
Corpo e espírito
Mente e alma.
Cheiro e pele.
Beijo e sexo.
Deixa.
Também tenho medo.
Como tu.
Mas não devemos nada a ninguém
Nem eu, nem tu.
O risco é nosso.
Só nosso.

No meio da tarde...

Ligou pra ela no meio da tarde ensolarada.
- Estou passando aí pra te pegar!
- Como assim?! Sabes que não posso sair agora!
- Mas TEM que ser agora. Só coloca uma roupa. Estarei aí em dez minutos.
Colocou shorts, camiseta, uma rasteirinha, lembrou-se de pegar os óculos de sol e ele já tocava o interfone.
Beijaram-se de leve. Entraram no carro.
- Onde vamos?
- Verás. Tive uma ideia. Vais gostar.
Rumaram em direção às praias.
Chegaram numa praia mais afastada. Estava vazia, pois ainda não era época de temporada.
Caminharam pela praia brincando e se provocando até chegarem perto dos costões.
Atravessaram o primeiro, que dava para uma prainha reservada.
Ela passou pelas pedras reclamando que não gostava de aventuras em ambientes tão “selvagens”.
- Sou muito urbana, sabes que não curto isso!
- Ih, o clima está esquentando...
- Mas é verdade!
No final das pedras a pegou no colo e foi caminhando mar adentro.
Ela deu um grito!
- Não faz! Me solta!!! Meu Deus!!! Mas... e agora? To com a roupa toda molhada!
Jogou-a.
Ela emergiu rindo...
- Eu trouxe outra no carro, sua boba... Agora vem cá morena, vem... Deixa eu tomar água salgada da tua boca.
E beijaram-se dentro d’água, vestidos e molhados...
Não foi suficiente. Saíram da água meio atrapalhados, pois não queriam se desgrudar...
Tiraram a roupa ali mesmo e transaram sob o suave Sol de primavera...
Suados, voltaram para a água e lá continuaram a se provocar por mais algum tempo... já na suavidade do depois.
Subitamente, se deram conta de que aquilo tudo ali tinha sido uma grande loucura!
E saíram da água, vestiram as roupas, voltaram para o carro serenamente, abraçados e rindo de si mesmos... e do que a paixão é capaz.

Não digas nada.
Nada do que gostaria de te dizer
pode ser traduzido em palavras.
Não agora.

All You Want

Cheguei em casa sozinha.
Comi sozinha a torta salgada que fiz sozinha.
Estou jogada no tapete da sala sozinha.
Fumando um cigarrinho e tomando um vinho sozinha.
Às vezes é muito bom, outras nem tanto...
Ainda hoje conversava com um amigo como pequenas coisas são importantes.
Somos fortes, guerreiras, enfrentamos lutas, turnos de trabalho, criamos filhos, cuidamos da casa... Independentes.
Mas não existe nada melhor do que chegar em casa e poder curtir um banho a dois, um vinho a dois, um jantar a dois... jogar conversa fora.
Partilhar a mesma revista... ou discutir um trecho do livro que temos nas mãos.
Ouvir uma música gostosa, romântica, suave.
Assistir a um filminho bem água com açúcar... ou aquele de rolarem lágrimas (esses melhores, sendo que há quem as seque, ou beije).
Fazer cosquinhas, provocar, beliscar.
Massagem, beijo, carinho.
Estar em paz e em sintonia a dois...
Algumas pequenas coisas são de fato especiais.
Pra completar, nesse minuto Dido está cantando “All you want”:

“I like to watch you sleep at night
To hear your breath by my side”



Meu, como diria o Eduardo Baszczyn:
“Gosto de indiretas, entrelinhas e subtextos
A verdade não é explícita.”

Paixão!

"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.
Tudo perda de tempo.
Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoraçao ou seu desprezo.
O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."
(em Divã)

Desalento

"Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu chorei
Que eu morri
De arrependimento
Que o meu desalento
Já não tem mais fim
Vai e diz
Diz assim
Como sou
Infeliz
No meu descaminho
Diz que estou sozinho
E sem saber de mim

Diz que eu estive por pouco
Diz a ela que estou louco
Pra perdoar
Que seja lá como for
Por amor
Por favor
É pra ela voltar

Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu rodei
Que eu bebi
Que eu caí
Que eu não sei
Que eu só sei
Que cansei, enfim
Dos meus desencontros
Corre e diz a ela
Que eu entrego os pontos."

Aventuras de Darci -Darci no Cinema 3D

IMPERDÍVEL! (principalmente para os "manezinhos" da Ilha!)
"E é só você que tem a cura pro meu vício
de insistir nessa saudade que eu sinto..."


Furtei lá da Beauty, porque traduziu em palavras e com perfeição o que senti hoje o dia inteiro...

Aparição Amorosa

"Doce fantasma, por que me visitas
como em outros tempos nossos corpos se visitavam?
Tua transparência roça-me a pele, convida
a refazermos carícias impraticáveis: ninguém nunca
um beijo recebeu de rosto consumido.
Mas insistes, doçura. Ouço-te a voz,
mesma voz, mesmo timbre,
mesmas leves sílabas,
e aquele mesmo longo arquejo
em que te esvaías de prazer,
e nosso final descanso de camurça.

Então, convicto,
ouço teu nome, única parte de ti que não se dissolve
e continua existindo, puro som.
Aperto... o quê? a massa de ar em que te converteste
e beijo, beijo intensamente o nada.
Amado ser destruído, por que voltas
e és tão real assim tão ilusório?
Já nem distingo mais se és sombra
ou sombra sempre foste, e nossa história
invenção de livro soletrado
sob pestanas sonolentas.
Terei um dia conhecido
teu vero corpo como hoje o sei
de enlaçar o vapor como se enlaça
uma idéia platônica no espaço?

O desejo perdura em ti que já não és,
querida ausente, a perseguir-me, suave?
Nunca pensei que os mortos
o mesmo ardor tivessem de outros dias
e no-lo transmitissem com chupadas
de fogo aceso e gelo matizados.

Tua visita ardente me consola.
Tua visita ardente me desola.
Tua visita, apenas uma esmola."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

"Num deserto de almas também desertas,
uma alma especial
reconhece de imediato a outra.”
Everybody hide something inside.
"Aqueles que se amam e são separados, podem viver sua dor,
mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe."

domingo, 21 de novembro de 2010

Do que é preciso


"Eu preciso muito, muito de você. Eu quero muito, muito você aqui de vez em quando, nem que seja muito de vez em quando. Você nem precisa trazer maçãs, nem perguntar se estou melhor. Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Bata ligar e eu fico ouvindo o teu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você."

Afinal, o que querem as mulheres?-Primeiro Episódio...

Parceria entre Freud e Globo. rsrsrs
A Globo consegue cada coisa mesmo!
Mas esse me pareceu muito bom!
Não tenho mais muito tempo para a televisão, mas alguns programas merecem que se faça ter tempo para assistir, como é o caso do Manhattan Connection, Marília Gabriela Entrevista, o Semana do Jô, Serginho Groissman, sem falar em alguns excelentes da Cultura e do Canal Brasil!
Fica a dica!

sábado, 20 de novembro de 2010

Do que eu quero

"Eu quero nós.
Mais nós.
Grudados.
Enrolados.
Amarrados.
Jogados no tapete da sala.
Nós que não atam nem desatam."



Não resisi e furtei lá da Cris!

PROMISCUOUS (Nelly Furtado ft Timbaland)



"T: Menina Promiscua
Aonde quer que esteja
Eu estou sozinho
E é você quem eu desejo

N: Menino Promiscuo
Estou chamando você
Está me deixando louca
Com toda essa espera

T: Menina Promiscua
Você está me provocando
Você sabe o que quero
E eu tenho o que você precisa

N: Menino Promiscuo
Estamos um a um
Então não precisamos mais fazer joguinhos"

Por dentro

Por dentro aquela tempestade:
a cabeça a mil,
pensamentos os mais variados
viajando mundo afora,
peito leve ou coração apertado,
medo e audácia.
Tudo junto misturado...
Um mundo a parte,
que por fora ninguém vê.

Tumores

"Gosto de simplificar. Os tumores têm essa característica: são simples. Benignos ou malignos. Matamo-los ou matam-nos. Quanto mais jovem é a vítima, mais veloz é a propagação das células cancerosas. Os tumores mostram-nos as vantagens do envelhecimento. São praticamente a única coisa viva que respeita a idade e desacelera por causa dela. Nos organismos velhos, as células malignas são mais lentas. Essa é uma das belezas da oncologia. A outra é a simplicidade."
(em Os Íntimos)

Março

Já era tarde da noite, de uma linda noite de céu estrelado e lua crescente.
Estavam juntos, num bar, já há algum tempo, bebendo e conversando, quando ele lhe propôs uma aventura.
Ela gostava e ele sabia. Aceitou na hora. Pediram a conta e já saíram do restaurante excitados com a ideia.
Pararam o carro na praça. Apenas as luzes dos postes quebravam a escuridão da noite, tornando o lugar agradável.
Ela se remexia no assento e ele, intrigado, perguntou:
- O que estás fazendo?
- Tirando o desnecessário... - disse lançando-lhe aquele olhar de provocação que sabia fazer tão bem.
Ele ficou olhando pra ela com um jeito indecifrável... um misto de admiração e perplexidade... e ela ganhou um beijo lascivo antes de saltarem do carro.
Saíram furtivos e agitados.
Checaram se não havia mais alguém por ali. Estava tudo em silêncio...
Apenas no centro da praça, um grande lago servia de espelho para a pouca iluminação em volta.
Ele encostou-se na árvore de tronco mais largo e acolhedor, trazendo-a para perto.
Beijaram-se com a sofreguidão de quem vai fazer o que mais gosta e ao ar livre, na calada da noite.
O beijo intensificou a vontade, tornou-a urgente...
Só as línguas passeavam soltas pelo rosto um do outro, pois as carícias nos corpos ficavam limitadas naquele local.
Percebendo que ela estava pronta, virou-a de costas, afastou a calcinha e penetrou-a de uma só vez.
O tesão cresceu diante da excitação que transbordava dela...
Abafavam os gemidos, mas a necessidade de intensificar os movimentos só aumentava...
Ela encaixou-se nele, ele colocou-se bem no fundo e gozou...
Desvencilharam-se rapidamente para se recomporem.
Tornaram a envolver um ao outro num abraço e se beijaram sorrindo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Atenção, meninas: depois dos 30 tudo cai,
à exceção da gengiva...
e isso não é nada bom!!!
"João amava Teresa
que amava Raimundo
que amava Maria
que amava Joaquim
que amava Lili
que não amava ninguém."

Coitada da Lili!
(se duvidar, ainda pensa que é quem está melhor ali... rs)