quarta-feira, 17 de março de 2010

A verdade é que não precisava explicar essas vontades.
Queria um pouco de intimidade, mas sem parecer vulnerável demais.
Não é um discurso amoroso, já que ele seguia o tipo indomesticável cuja premissa básica era o simples desejo, a extremação dos sentidos, o incandescente caminho sem volta que refugia completamente à lógica.
A verdade é que não queria explicar essas vontades, desafiava-o a se perder em outras bocas, novos corpos, outros cheiros, nos toques de outras mãos.
Pois no fundo queria mesmo apenas um pouco de intimidade...

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