quarta-feira, 17 de março de 2010

F

No silêncio do quarto, a intimidade.
Falamos de amor, sentimento e compreensão com uma tranquilidade que nunca havia experimentado...
Até porque sou do tipo de mulher que cala... elabora... depois, talvez, se achar coerente, escreve.
Tentes me entender, porque me encontrei nos mesmos sentimentos que tu, no mesmo grau de compreensão, com o mesmo anelo, tímida e agora sudosa...
Talvez porque me descobriste da forma mais delicada que já experimentei...
Também te descobri no jeito, na eloquência dos silêncios, nas entrelinhas, mas isso já não importa... 
Falas de amor de um jeito que me toca.
E eu adoraria ser no amor a tua resposta.
Sei que querias as minhas palavras, as minhas lágrimas... me ver ultrapassar todas as barreiras... estar febril, sedenta, ansiosa, ultrapassando meus próprios limites... mas eu sabia que não seria capaz.
Espero ser... um dia... por tudo o que ainda podemos dividir, pelo tempo que serei privada do teu cheiro, do teu abraço... porque andaremos distantes um do outro, sem saber o que realmente acontece na ausência. E pela nossa falta de fé.  Pela resistência à solidão. No apego, na acomodação. Seremos eternos responsáveis pelo rumo que irá tomar.
Contudo, quero que saibas que te amei com todas as minhas forças, no breve tempo em que nos foi permitido.

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