"Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada purpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram voo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem."
Ah, Neruda :)
ResponderExcluirGosto dele à noite pra me acompanhar na insônia.
Tão doce ..
ResponderExcluirQuase li o Neruda dizer: "pisa-me!"
ResponderExcluirÉ... para quem gosta de pés... ;)
ResponderExcluirBeijos!