quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Muita gente ao mesmo tempo...

"Somos múltiplas, vivemos de forma muito mais intensa e com mais expectativas. Até nossos orgasmos podem ser múltiplos. Já os homens são educados para não esperar que o amor seja eterno. Como não esperam muito, não têm tantas ilusões. São mais tristes nesse sentido. Viver sem esperanças loucas é muito triste. Essa vivência mais intensa dá às mulheres a capacidade de se colocar no lugar do outro. Somos mais gente, mas, por isso mesmo, temos às vezes dificuldade de identificar nossas próprias necessidades."

(retirado da revista Lola Magazine, de janeiro de 2011, p. 70).

4 comentários:

  1. Ahhh!!amiga a nossa intesidade é sempre á flor da pele...hehehehe!!bjus queridaaa!!

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  2. Discordo. Multiplicidade não é privilégio da mulher, conheço homens complexos e múltiplos, a começar por mim. Não sei se é possível comparar as formas de se viver, como cada um tem sua própria, se as intensidades são mesmo comparáveis, já que a vida se faz na subjetividade das percepções de cada pessoa. Os homens são mesmo, ou foram, educados para não esperarem um amor eterno, mas sempre há exceções. É possível topar com aqueles que, lá no fundo, esperam que seja para sempre. Será que não ter tantas ilusões é ser mais triste? Será que são as ilusões as responsáveis pelos brilhos de felicidade? Se forem, a felicidade é uma mentira. E será que tudo isso tem algo a ver com capacidade de se colocar no lugar do outro? Será que estes aspectos realmente permitem que se sinta como o outro? E quem é o outro? Talvez o outro seja o eterno desconhecido de cada um, pois vivemos baseados e fechados em nossa própria subjetividade, nosso próprio mundo.

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  3. Vinícius, concordo contigo em alguns pontos, mas há que se considerar que ela está falando da regra. E, sim, vocês são educados para que não seja eterno, já que a multiplicidade de parceiras reforça a masculinidade. Entendo ser esse o grande papel dos pais hoje: educar sem criar as crianças com valores estanques, apresentar a multiplicidade desde cedo, para que possam ter escolhas na formação da individualidade e não ter que depois que ficar gastando com terapia por razões primárias (rs). Reconheço, como mãe, não ser fácil alterar esses valores estanques, que separam meninas e meninos por tudo o que os circunda e não apenas por respeitar a diferença entre os sexos (quando percebi que ela só ganhava loucinhas, bonequinhas e vassourinhas, passei a comprar bola, espada, lancha e carros - hahahahah).
    Talvez a autora tenha sido infeliz ao utilizar a palavra ilusão... o mais correto seria expectativas (essas sim, temos muitas, até porque tb há um estereótipo do homem provedor e do príncipe encantado).
    No entanto - e aqui falo por mim -, tenho uma grande capacidade de me colocar no lugar do outro (sem entrar em discussões filosóficas sobre o termo, estou falando simplesmente de generosidade, amizade, compartilhamento, troca, ajuda) e esse contato e a intensidade com que ocorre realmente confunde, e por vezes deixa até em segundo plano, as minhas próprias necessidades. Nossa subjetividade está dentro. O externo 'apenas' exerce forças e cada um faz com elas o que melhor lhe aprouver.
    Adorei! Seja bem-vindo e volte sempre!
    Beijos!

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  4. Por isso que histeria é um termo tão feminino :P

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