Caminhavam, absortos, comentando as obras de arte.
Ela ora se aproximava, ora se afastava das telas...
Ele, como sempre, a observava...
Chegou pertinho, enroscou os braços na cintura dela e perguntou:
- Sentes diferente, de perto e de longe?!
Ela riu:
- Sinto! Percebes como....
E calou no beijo dele.
Ficaram horas perambulando pela exposição...
Pararam em frente a uma escultura belíssima, saída do chão, explicou a ela quem e o que significava...
Já sabia, mas ouviu atenta... saboreando aqueles ares de professor.
Comentou que, das formas de arte, as esculturas lhe eram especiais... admirava Camille e Rodin... e a biografia dos dois a impressionava... ficaram algum tempo ali, parados e pensativos...
Então saíram, satisfeitos e cansados.
Ela precisava de água.
Dando uma olhada ao redor, respondeu-lhe:
- Pode ser picolé?
- Pode.
Foi lá, pegou dois, sentaram-se sob uma árvore e ele, como sempre, a observava...
- Você não chupa o picolé?
- Não, mordo!
- Sempre me surpreendes...
Riram juntos e foram almoçar. No trajeto as reclamações que já ouvira tantas vezes, sobre o movimento, a sujeira, a criminalidade, o trânsito. E ela há tempos amava tanto e tudo aquilo - que agora significava também ele -, que quis argumentar, mas não pôde.
"- Você não chupa o picolé?
ResponderExcluir- Não, mordo!
- Sempre me surpreendes..."
Sem comentários.
[Malícia rasteira mode ON]
hahahaha
ResponderExcluirMalícia?!?!
Cogite ser pura espontaneidade entre duas pessoas...
;)
Te adoro, sabia?! Mesmo assim ácida!
hahaha