"Vinícius, poetinha da pesada,
cogistaste o eco dos teus versos?
Poetinha, meu distinto camarada,
é mesmo fundamental a beleza?
Viste que monstruosa cagada?
Permita reparar essa tristeza.
Não por humanidade às feias, não.
Ainda que aqui e agora,
a coisa é que ande feia.
Não sei se vês daí,
a vitrine que se transformou a beleza.
A prisão dos corpos a que
se trancafiaram as belas.
Em que são elas mesmas,
suas próprias sentinelas.
Poetinha ai do céu,
são prisões coletivas,
com poucas chaves de saída.
Difícil de explicar pelo papel.
Mas não poetinha!
Não sou eu a julgar teus adágios.
Não há pretensão tamanha.
A coisa, agora nesse estágio,
anda muito, muito estranha.
E tanto que a beleza antes rezada,
ficou no limbo, na encruzilhada.
Mesmo tu hoje não mais cantarias,
o pouquinho dessas siliconadas.
Louvaria as mulheres de trinta,
tão mulheres que andam.
E para que eu mesmo não te minta,
No mundo feminino, as de trinta agora mandam.
Remeta-se ao céu no endereço de Vinícius de Moraes,
ouvi dizer que é além do monte olimpo."
PFF
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