"Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos lábios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido.
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente,
coberto pela terra,
um grito ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porém ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando
as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto à janela..."
Amiga Lu, passando por aqui para apreciar teu post e para deixar o meu abraço.
ResponderExcluirTenhas uma boa noite.
Adorei a "chuva chorando" e "ferido pelo aroma errante."
ResponderExcluirBeijo, my love.
tava lendo neruda segunda, lu!
ResponderExcluirAmiga Luiza, achei o teu poema lindo, lindo, lindo...
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma linda noite.
Obrigada pela visita, pessoal! Adooooro!!!
ResponderExcluirBeijos a todos!