Na minha incessante curiosidade em saber do que é feito um "best seller", dessa vez não me dei ao trabalho de ler, mas de assistir.
Mein Gott!!!
Ok, ok, já saí da adolescência. Aliás, única época da minha vida em que um "best seller" me atraiu. Aliás do aliás, um não, vários. De Sidney Sheldon (aliás, pra quem não sabe, ele foi o criador de Jeannie é um Gênio - sim, aquela 'gênia' que saia de rosa, toda sexy para o Tenente Nelson, de dentro de uma charmosa garrafinha de licor e divertia nossas tardes com um delicioso humor nonsense) a Ágatha Cristie (os adolescentes não a lêem mais?!).
Talvez mais por eu ser uma leitora voraz, porque os best sellers simplesmente permeavam clássicos como El Cid, Os Inocentes, ...E o vento levou (sim, eu não só assisti, como li e amei!), Otelo, A Tempestade, Muito Barulho por Nada, O Morro dos Ventos Uivantes, Dom Quixote, Ella, Cândido, A Metamorfose, O Processo, etc, etc... pois, de fato, nunca fui atraída por um livro simplesmente por figurar na lista dos mais vendidos - à exceção de Paulo Coelho, que sempre dividiu tanto a crítica que me obriguei a ler para poder falar com conhecimento de causa (já fiz cada coisa nessa vida!)
Enfim... voltando ao filme baseado no livro de Nicholas Sparks: a história é feita de uma sucessão de clichês. Uma adolescente vive com dificuldade o divórcio dos pais e não se conforma com o fato de o pai ir morar longe. Ao passar o verão com ele, forçada pela mãe, encontra o primeiro amor (naquele velho estilo: revoltada-durona-não-dá-bola-pra-bonitão-rico-e-infeliz), e descobre que ama o pai, que está com uma doença terminal. Bah! Deu pra sentir o nível?! POFT!
Some-se a esse enredo pra lá de 'inédito', a atuação sofrível de Greg Kinnear, que, penso eu, nunca mais terá a oportunidade (se é que se pode usar essa palavra) de fazer algo melhor que o papel em Pequena Miss Sunshine - esse, sim, imbatível! - e a de Miley Cyrus, que deveria se limitar a cantar - e olhe lá! -, pois cantora se arriscando como atriz - ressalvo aqui Barbra Streissand, J-Lo e Queen Latifah -, geralmente não dá certo.
A conclusão é de que, além de erroneamente se pressupor um best seller como bom livro, o auge da pretensão é achar que um filme baseado em um best seller pode ser feito sem o menor cuidado que se tornará também um sucesso.
Ambas as premissas não são verdadeiras. Logo, não percam tempo!
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