quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Soneto da Mulher ao Sol

"Uma mulher ao sol - eis todo o meu desejo
Vinda do sal do mar, nua, os braços em cruz
A flor dos lábios entreaberta para o beijo
A pele a fulgurar todo o pólen da luz.

Uma linda mulher com os seios em repouso
Nua e quente de sol - eis tudo o que eu preciso
O ventre terso, o pêlo umido, e um sorriso
À flor dos lábios entreabertos para o gozo.

Uma mulher ao sol sobre quem me debruce
Em quem beba e a quem morda, com quem me lamente
E que ao se submeter se enfureça e soluce

E tente me expelir, e ao me sentir ausente
Me busque novamente - e se deixe a dormir
Quando, pacificado, eu tiver de partir..."

5 comentários:

  1. Eita! Tenho nem o que falar Luíza. Lindo!

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  2. Precisa-se ir além de todas as coisas para viver um poema lindo; precisa-se de uma mulher ao sol, plantada nos mares, depositada na praia, se só, melhor, embola-se os corpos e espera o luar chegar. - desculpe, excedi.

    abraços

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  3. Em quem beba e a quem morda, com quem me lamente...

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  4. Mulher ao sol. Te vi nas sombras dos cantos redondos. Lençóis, espelhos.

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  5. Lindo, né, Gabi?!
    Zé, todos aqui somos feitos de excessos...
    Andressa, com quem me permita tudo, enfim... só Vinícius mesmo.
    Anônimo, de fato adoro cantos redondos!
    rsrs
    Beijos a todos!

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