sábado, 30 de outubro de 2010

Soneto da Separação

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."

5 comentários:

  1. Dilacerante.

    O tipo de coisa que a gente lê mil vezes na vida, e sempre produz alfinetadas internas.

    Curioso, estava lendo um perfil do Vinícius lá na cozinha. Ele contava de sua formação judaico-cristã com pesar, enfatizando que, ainda bem, logo tornara-se um grande pecador, rs.

    Luíza - ah, que nome lindo :)- talvez eu nunca tenha escrito isso, mas sempre é tempo. Gosto muito do teu blog. Beijão e bom fim de semana.

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  2. Lú,

    Conselho do Caio:

    "(...)quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito
    idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada.(...)"

    Caio F.

    Lú, vamos filtrar as coisas boas e deixar o vento levar as coisas ruins, deixa o vento soprar...

    Beijos meus

    p.s.: e quando precisar: GRITA!!

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  3. Algumas são inevitáveis e necessárias.
    Beijo,

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  4. Van, não tens noção do tamanho dos alfientes! De fato, já li algumas coisas sobre Vinícius e tb acho que o pecado o salvou... rsrsrs
    Tb gosto mto do nome Luíza e o teu blog me é pura inspiração! Beijo grande!

    Fer, o que dizer?! I'm trying! Sabes que grito msm, né?! rsrsrs
    Te adoro, querida!

    Inevitáveis e necessárias. Disseste tudo, Ale.
    Beijos!

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  5. De repente, não mais que de repente, uma grande amor acaba...amantes viram amigos...dura realidade!Um poema sempre atual. LINDO!

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