segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quando o amor acaba

"Evito olhar os casais de namorados nas paradas de ônibus, e tem um painel publicitário em que um homem olha para uma loira com um desejo tão escancarado que me retorço e choro só de imaginar você olhando assim para outra mulher, e eu sei que você está, ninguém precisa me contar, eu sei como é que você se cura, se trata, você não chora nem lamenta, você volta pra rua, você vai atrás de todas as mulheres suas feito um vira-lata, você está olhando nesse instante para outra mulher, está entrando nela, dizendo a ela como ela é gostosa, você está me matando dentro de você, e eu morro a quilômetros de distância, a sós comigo mesma, você transa com outra e me mata, você goza e me mata mais um pouco, você dorme e me deixa insone pra sempre, eu sei que não vai ser pra sempre, mas eu não enxergo o dia de amanhã, hoje eu só estou acordada pro eterno desse pesadelo, você era meu, droga, exclusivamente meu até dias atrás, meu como esse sofrimento." (em Fora de Mim, p. 22-23).

3 comentários:

  1. Nossa que texto lindooo!!!Martha Medeiros é show de bola...amiga eu já me vi nessa situação...é ruim demais...eu fui me desfinhando a cada dia que passava...até que um dia eu soube que ele casou...e acredita que tinha sido o meu noivo...mais eu levantei a minha cabeça e partir prá outra.hj.a vida tem dessas coisas...na verdade não somos de ninguém...amei!!!uma linda semana cheia de amor!!beijos meus!!

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  2. Caramba. Isso deve ser o que o Ivan chamou de "Prazer de sofrer". Um beijo, Luiza.

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  3. Beauty, amores ou paixões realmente intensas têm dessas coisas sim... Ainda bem que sobrevivemos a elas!

    Observer, não me provoques! rsrsrs
    Isso não é masoquismo, é dor mesmo! Dor de quem não consegue amar pouquinho, se envolver pela metade, considerar a presença do outro na vida como passageira...

    Beijos!

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