domingo, 19 de setembro de 2010

Tríades

Lendo o blog do Alexandre, fiquei pensando sobre o assunto e concluí que parte dos nossos grandes questionamentos e parcas convicções se baseiam em algumas delas:
Id, ego e superego
Sexo, amor e traição
Lei, lide e (inter)mediação
Cama, mesa e banho
Eu, tu e ele(a)
Pai, Filho e Espírito Santo
Razão, emoção e reflexão
Homo, Hétero e Bi
Samba, suor e cerveja
Adão, Eva e o Paraíso
Sempre ouvi falar que amizade a três nunca dava certo. É fato. Sempre alguém pende mais para um lado. Já algumas trindades podem ser adoráveis, perturbadoras, complementares, necessárias. A questão é que a existência do terceiro proporciona um (des)equilíbrio, um resultado, uma visão, bastante singulares das coisas. Um (des)equilíbrio, às vezes tênue, por outras, avassalador, outras, ainda, fundamental, que talvez apenas o duo não viabilizasse, pois tornaria tudo simples demais, nos fazendo maniqueístas, simplistas, reduzindo demais nossa humanidade.
É inquietante...

8 comentários:

  1. É inquietante...[2]
    Baita reflexão, Lú :)
    Bom domingo amada *-*

    ResponderExcluir
  2. aaai Lúúú, haja reflexão dessa cabecinha doente aqui pra entender umas "certas" tríades..Em certas ocasiões ainda prefiro duplinhas convencionais, feijão com arroz, queijo e goiabada, até leite com nescau!Nada de um terceiro elemento se enfiando na minha vida..haha

    beijo, querida!

    ResponderExcluir
  3. Laura...
    Eu tambem...
    Certas tríades nao fazem bem para o coração, ainda prefiro somente duplinhas simples.
    Mas, no universo, a reflexao é bem vinda, TERRA, SOL e LUA...
    beijo, Lú...
    Geraldo.

    ResponderExcluir
  4. "O terceiro sexo, a Terceira Guerra, o Terceiro Mundo... são tão difíceis de entender!"
    Beijos, meus queridos!

    ResponderExcluir
  5. Lú, estou contigo!
    A questão é que, quando a tríade se forma, somos compulsados a sair do lugar-comum, levantar a bunda do sofá confortável, desvestir o casaco de general, e, enquanto camelo, decidir: virar leão ou sucumbir ao dragão.
    A "dupla" é exatamente isso, e nada além disso: convencional.
    A "tríade", além de inquietante, é misteriosa. E isso a torna TÃO perturbadora.
    Beijo e boa semana,

    ResponderExcluir
  6. Alexandre:
    É misteriosa, inquietante, perturbadora e... imprevisível, dependendo dos protagonistas... e isso não é uma delícia na vida normal, morna e medíocre que levamos?
    No "O Segredo dos Seus Olhos", que não sei se já viste, uma das mensagens é justamente essa. Um dos personagens se dá conta que viveu de "nada" por 25 anos e se surpreende ao descobrir que o outro não. Foi atrás do que queria e fez (abstraindo-se de qualquer argumentação jurídica, moral, legal. Transgrediu e fez.). Que meta perseguimos e o que fazemos diante dela. Estamos condenados a escolher e essa escolha é humana, demasiadamente humana... ;)
    Beijos! Boa semana!

    ResponderExcluir
  7. Eu e você e a outra,
    Você vai dizer “Por que não o outro?”
    Responderei: “Porque já o sou.”

    ResponderExcluir
  8. Está certo quem é fiel para viver seguindo seu próprio coração. O que é uma escolha, uma renúncia e um risco (mais uma tríade!). Somente lutando nossas próprias batalhas, internas e externas, é que será possível dizer para si próprio se eu estava certo ou errado. Quem pode dizer se acertei ou errei, sou eu a partir das minhas próprias experimentações. Ítaca só oferece a viagem! Não é preciso mais nada, pois o quê, verdadeiramente importa (para as almas não-pequenas), é a viagem.
    A tríade assusta porque rompe com o binário e, obrigatoriamente, coloca o complexo em pauta. E esse (novo) inesperado crepúsculo é o que nos (des)mascara.
    Beijo,

    ResponderExcluir

Mostre a sua!