quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um doce olhar

Yusuf, um garoto miudinho de seus 6 anos, é um mistério. Sozinho junto ao pai, lê com desenvoltura e conversa. Se a mãe está por perto, mal abre a boca. Na presença do professor e dos coleguinhas, então, sua timidez sobrepuja toda tentativa de se comunicar. A dependência emocional que Yusuf nutre em relação ao pai, um camponês que vive de coletar mel nas florestas vizinhas ao seu vilarejo, na Turquia, está no centro de "Um Doce Olhar". Até que, em um desdobramento desafortunado, o menino se verá privado da companhia paterna - se por pouco ou por muito tempo, o diretor Semih Kaplanoglu demora a revelar, enredando a plateia na mesma angústia de Yusuf. O título turco, "Bal", significa 'mel' - e o filme segue a dois outros intitulados, no original, Ovo e Leite. Trata-se de uma trilogia em ordem inversa: Ovo, de 2007, apanha Yusuf na idade adulta; Leite, de 2008, o encontra na adolescência; e Um Doce Olhar, agora, acompanha um momento decisivo de sua infância. Lento e introspectivo, o filme é calculadíssimo na sua narrativa: quanto mais as imagens se abrem - por bem ou por mal, enfim, seu mundo terá que se expandir. (Veja dessa semana, p. 156).

O filme acompanha a jornada do menino na busca de algum sentido em sua vida. Fiquei curiosa!

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