quarta-feira, 30 de junho de 2010

Conveniência

 
Era a última noite.
Cumpriríamos um ritual.
Entramos mudos.
Permanecemos calados.
Entre corpos, sussurros e gemidos.
Meu corpo.
O corpo dela.
Na nudez mais sórdida.
Precisava ter certeza.
Nada excedia ao sexo.
Nossos olhares mal se cruzaram.
Gozo. Volúpia. Desejo.
Um último olhar profundo.
Seguiu-se o orgasmo.
Nem uma palavra dita.
Ao fundo, ouviam-se apenas os gemidos.

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