Meu jeito
De olhar te perscrutando
De rir de mim mesma
De demonstrar contrariedade encostando o queixo no peito
Corajoso e tímido de me mostrar
De gargalhar alto e espontâneo
De ser feliz até apertadinha na banheira
De contar “causos” interpretando os personagens
Ímpar de ficar no canto até de cama redonda... pra dar espaço...
De me abrir pra ti sem o mínimo recato
De gozo chorado, profundo...
De observar obras de arte bem de perto... depois ir me afastando aos poucos, até sentir tudo...
Curtindo os ventos... sempre e todos!
De te alimentar com carinho e me saciar com a tua presença
De me deleitar com arte e literatura, música e poesia, conhecimento
De te descobrir, ainda que não gostes ou sobre o que não queiras
Com lágrimas furtivas, escondidas e descobertas
Teu jeito
Meio gato, arredio.
Meio cachorro, sem dono.
Sem passado, que dói.
Sem futuro, porque ele acontece agora.
De tocar, de beijar, de acarinhar...
Engraçado, sensível, certeiro – que me faz rir, te amar, pensar.
Por vezes desajeitado na maneira de demonstrar afeto... ou com as flores...
Encantado... se enamorando de mim.
Tudo que sei que te faz meu e me faz tua.
Tudo que sei que nos remete a nós pela lembrança.