Em Cadernos sobre o mal o psicanalista e psiquiatra Joel Birman analisa novas formas de violência e de agressividade, próprias da cultura contemporânea. Para isso, recorre ao trabalho de teóricos como Sigmund Freud e Jacques Lacan, dos filósofos Theodor Adorno, Walter Benjamin, Michel Montaigne e Nicolau Maquiavel, que abordaram o tema em suas obras. O novo livro está organizado em três partes: na primeira, questões sobre agressividade e violência são enfocadas sob a ótica do discurso psicanalítico; na segunda, é enfatizado o campo da política, no qual a crueldade se faz presente no exercício do poder; na terceira, Birman coloca o cenário brasileiro em pauta e, nesse contexto, mescla ensaios analíticos com artigos curtos. Em sua análise, o autor - que abordou o assunto em Arquivos do mal e resistência - traça paralelos e aborda a delinquência entre as camadas sociais mais pobres, que tem como correspondente a corrupção e o crime do "colarinho branco" entre as classes média e alta. Para Birman "a perseguição a paranóia são, sem sombra de dúvida,as formações psíquicas mais bem distribuídas entre nós."
Comprei na feira do livro, mas ainda não comecei a ler. Parece bom, muito bom.
ResponderExcluirBj.