segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O que sempre volta...


Hoje estou naqueles dias, não cabendo em mim....
com as velhas e conhecidas sensações...
A vida é curta e estou fazendo pouco.
Queria largar tudo e ir cursar gastronomia.
Entrar em todas as aulas de idioma possíveis.
Sair caminhando sem destino pra ver onde ele me levaria.
Colocar uma mochila nas costas e ir conhecer o mundo todo.
Saber muito de tudo e não de tudo um pouco.
Porque nos confortamos numa vida medíocre?!
Queremos tanto crescer e depois, chegando aqui,
nos perguntamos: “Tá, é isso aí?!
Muitas obrigações,
muitas preocupações,
muitas responsabilidades e pouco prazer.
E as pessoas andam tão ensimesmadas!
É tão difícil ter com quem conversar! – alguém que valha a pena, claro.
Não sei o porquê, mas agora lembrei de Drumond:


“Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”


Não encontro muitos companheiros, isso me faz silenciosa.
Não tenho grandes esperanças (aliás, assistam Great Expectations, baseado na obra do Dickens, imperdível!).
A realidade é dura e a troca está escassa, é um fato.
Porque tudo é volátil demais, efêmero demais, ninguém pára (tá, não me conformo com a queda desse acento diferencial, especificamente) para o prazer da degustação, não se conjuga o verbo deleitar.
Então, quem tem necessidade de... fica em casa rodeado de livros, revistas, jornais, filmes, se alimentando... sozinho...
E assim vale?!
Pra quê ter tanto por dentro e não ter com quem compartilhar?!


Não nos afastemos muito...

2 comentários:

  1. ..."A vida é curta e estou fazendo pouco.
    Queria largar tudo e ir cursar gastronomia.
    Entrar em todas as aulas de idioma possíveis.
    Sair caminhando sem destino pra ver onde ele me levaria.
    Colocar uma mochila nas costas e ir conhecer o mundo todo..."
    Esse pensamento persegue a minha vida de uma tal maneira que as vezes acredito que farei-o na manhã seguinte, mas naquela próxima manhã um "fiapo" de responsabilidade acorda comigo trazendo a tona que, até para enlouquecer é preciso ter consciência... triste constatação!
    Talvez um dia, um dia quem sabe...
    Enquanto acorda comigo a responsabilidade(que melhor seria chamada de covardia)vamos sanando a vontade trocando idéias e ideais!
    Adorei a idéia do blog que simplifica!

    Beijo

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  2. "Lua,
    Espada nua
    Boia no céu imensa e amarela
    Tão redonda a lua
    Como flutua
    Vem navegando o azul do firmamento
    E no silêncio lento
    Um trovador, cheio de estrelas
    Escuta agora a canção que eu fiz
    Pra te esquecer Luiza..."
    E pra lembrar de ti: LÚ!
    Beijos
    Sora

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